Consultores
e autores da área de gestão empresarial defendem que a instituição de ensino
privado precisa ter liberdade, flexibilidade e autonomia para contratar e
demitir professores. De que forma esta prática de gestão é vivida pelos
profissionais que são submetidos a ela?
“O professor que
trabalha em uma instituição privada não tem nenhuma estabilidade. Eu já vi
escolas que eram um império, pagavam muito bem e de uma hora para a outra
fecharam, colocaram todo mundo na rua, nem pagaram os professores. Hoje em dia
as escolas abrem e fecham com muita facilidade. Já o professor, se tiver que
entrar na justiça para receber seus salários, vai esperar para o resto da vida
e talvez nem receba nada.”
“Não percebi
que seria demitido. Fui avisado só no dia 22 de dezembro. Eu saí de duas
escolas para trabalhar lá naquela, eu estava disposto a investir no trabalho
lá. Me senti desrespeitado e prejudicado. Fiquei decepcionado. A coordenadora alegou que a escola queria
diminuir o número de professores, eu era o menos antigo e o que tinha uma carga
horária menor. Acho que o motivo foi porque eu não dei muita disponibilidade de
horário. Só que eu precisava ter mais de um emprego para complementar a minha
renda. A gente precisa mostrar para todos a insegurança e a instabilidade a que
nós estamos sujeitos trabalhando em escola particular.”
Estas
falas nos remetem aos sentimentos de insegurança e injustiça. O que você pensa
sobre isto? Você já foi demitido? Como isto afetou a sua vida?
Já me aposentei, não quero mais trabalhar. Não quero nunca mais fazer e corrigir provas! Mas acho importante a gente mostrar para sociedade como os professores que trabalham em escolas particulares vivem uma insegurança muito grande, não tem nenhuma garantia! Qualquer coisa a escola demite e pronto! Os pais não sabem ou preferem não saber. É muito desgaste, tem muito trabalho que se leva para casa, e muito aborrecimento na escola.
ResponderExcluir