sábado, 5 de dezembro de 2015

Educação privada e estabilidade profissional

Consultores e autores da área de gestão empresarial defendem que a instituição de ensino privado precisa ter liberdade, flexibilidade e autonomia para contratar e demitir professores. De que forma esta prática de gestão é vivida pelos profissionais que são submetidos a ela?

“O professor que trabalha em uma instituição privada não tem nenhuma estabilidade. Eu já vi escolas que eram um império, pagavam muito bem e de uma hora para a outra fecharam, colocaram todo mundo na rua, nem pagaram os professores. Hoje em dia as escolas abrem e fecham com muita facilidade. Já o professor, se tiver que entrar na justiça para receber seus salários, vai esperar para o resto da vida e talvez nem receba nada.”

“Não percebi que seria demitido. Fui avisado só no dia 22 de dezembro. Eu saí de duas escolas para trabalhar lá naquela, eu estava disposto a investir no trabalho lá. Me senti desrespeitado e prejudicado. Fiquei decepcionado.  A coordenadora alegou que a escola queria diminuir o número de professores, eu era o menos antigo e o que tinha uma carga horária menor. Acho que o motivo foi porque eu não dei muita disponibilidade de horário. Só que eu precisava ter mais de um emprego para complementar a minha renda. A gente precisa mostrar para todos a insegurança e a instabilidade a que nós estamos sujeitos trabalhando em escola particular.”


Estas falas nos remetem aos sentimentos de insegurança e injustiça. O que você pensa sobre isto? Você já foi demitido? Como isto afetou a sua vida?

Um comentário:

  1. Já me aposentei, não quero mais trabalhar. Não quero nunca mais fazer e corrigir provas! Mas acho importante a gente mostrar para sociedade como os professores que trabalham em escolas particulares vivem uma insegurança muito grande, não tem nenhuma garantia! Qualquer coisa a escola demite e pronto! Os pais não sabem ou preferem não saber. É muito desgaste, tem muito trabalho que se leva para casa, e muito aborrecimento na escola.

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