As
instituições de ensino privado oferecem um serviço educacional. Os alunos e,
eventualmente, suas famílias são os clientes que contratam este serviço. A
necessidade que a organização tem de manter os seus clientes está associada a
uma necessidade de sobrevivência. No entanto, a satisfação desta necessidade por
vezes se confunde com uma permissividade que contradiz qualquer tipo de
proposta pedagógica. O relato a seguir é um exemplo disto.
“Ano passado, quando eu comecei eu fiquei
bastante surpresa. Logo no início do ano é marcada uma reunião com os diretores,
professores e os pais, que ficam numa espécie de arquibancada. Os diretores
anunciam os professores e tem pai que aplaude e outro que vaia. Daí, o
professor tem problema o ano inteiro. É bizarro! É tragicômico! A escola não te dá respaldo, se o pai não
quiser você, ele vai à diretora e diz: eu não quero esta professora, eu quero a
outra.”
No caso em
questão, a instituição se fez palco de uma enorme falta de respeito com os
profissionais que estavam sendo apresentados. Não seria função desta coordenação
tomar a palavra para impor a ordem social da escola em questão, educando os
pais que vaiaram professore e banindo este tipo de atitude abusiva daquele
ambiente? O que faz com que coordenadores, diretores escolares ou gestores da
educação desrespeitem os direitos dos professores? Você já teve contato com
outras formas de desrespeito ao professor sendo permitidas no seu espaço de
trabalho?
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